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quinta-feira, 17 de julho de 2014

A PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS DIGITAIS: uma abordagem arquivística


Apresentação de trabalho, categoria pôster no:
Seminário Internacional de Preservação Digital (SINPRED).

A PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS DIGITAIS EM LONGO PRAZO:
uma abordagem arquivística

Resumo:
A evolução da tecnologia da informação é determinante para o advento de suas ferramentas na sociedade contemporânea, introduzindo sistematicamente ferramentas de gestão eletrônica de documentos na Arquivologia. Ocorrendo assim, mudanças na gênese do documento, que segundo Rondinelli (2005) é o principal objeto de estudo da Arquivologia.
Atualmente o desafio para o profissional arquivista é adotar procedimentos que visem à preservação em longo prazo e o acesso contínuo aos documentos arquivísticos digitais. Na perspectiva de Innarelli (2011) a demanda por formatos digitais ocorreu tão rapidamente que sua preservação não vem acompanhando o ritmo dos avanços das tecnologias da informação e comunicação. Além disso, essas tecnologias evoluem em um ritmo acelerado com ciclos de obsolescência cada vez mais curtos. Para Sayão (2010) o problema mais crítico em relação à informação em meio digital é o risco de uma amnésia digital, provocada pela obsolescência tecnológica e pela fragilidade das mídias de armazenamento, provocando dificuldades de leitura e até mesmo a perda de documentos digitais. Desta forma é necessário adotar políticas de preservação digital, que de acordo com Arellano (2004) são consideradas as iniciativas mais eficazes para preservar e garantir o acesso em longo prazo. Sendo assim, a informação contida no documento deverá ser interpretada no futuro por uma plataforma tecnológica diferente da qual foi utilizada no momento de sua criação (CONARQ, 2004; FERREIRA, 2006). Deste modo a preservação digital é entendida como a atividade que garante o acesso à informação em meio digital, mantendo a sua autenticidade (FERREIRA, 2006) e integridade (CONARQ, 2004). Para isto, deverá existir uma cadeia de custódia ininterrupta, onde os documentos estarão inseridos desde a produção até a transferência ao responsável por sua preservação. (CONARQ, 2012). Caso esta custódia seja interrompida, a autenticidade do documento será duvidosa, (INTERPARES, 2007; CONARQ, 2012) consequentemente perdendo a sua confiabilidade.



Palavras-chave:
Tecnologia da Informação; Arquivologia; Preservação Digital; Obsolescência Tecnológica; Documento Digital; Autenticidade


Referências:
ARELLANO, Miguel Angel, Preservação de documentos digitais, Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 15-27, maio/ago. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/a02v33n2.pdf> Acesso em: 25 mar. 2014.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ (Brasil). Câmara Técnica de documentos eletrônicos. 2004. Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2004. Disponível em: <www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/cartapreservpatrimarqdigitalconarq2004.pdf> Acesso em: 10 abr. 2014.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ (Brasil). Câmara Técnica de documentos eletrônicos. Diretrizes para a presunção de autenticidade de documentos arquivísticos digitais. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2012. <http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/diretrizes_presuncao_autenticidade_publicada.pdf> Acesso em: 20 mar. 2014.

FERREIRA, Miguel. Introdução à preservação digital – Conceitos, estratégias e atuais consensos, Portugal: Escola de Engenharia da Universidade do Minho, 2006. Disponível em: <https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/5820/1/livro.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2014.

INNARELLI, H. C. Preservação digital: a influência da gestão dos documentos digitais na preservação da informação e da cultura. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v.8, n. 2, p. 72-87, jan./jun. 2011. Disponível em: <http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/view/487/330> Acesso em: 07 mar. 2014.

INTERPARES 2 PROJECT. Diretrizes do Preservador. A preservação de documentos arquivísticos digitais: diretrizes para organizações. TEAM Brasil. Tradução: Arquivo Nacional e Câmara dos Deputados. 2002 - 2007. Disponível em: <http://www.interpares.org/display_file.cfm?doc=ip2_preserver_guidelines_booklet--portuguese.pdf> Acesso em: 09 abr. 2014.

RONDINELLI, Rosely Curi. Gerenciamento arquivístico de documentos Eletrônicos: uma abordagem teórica da diplomática arquivística contemporânea. 4ª. Ed. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. 160 p.

SAYÃO, Luís. Repositórios Digitais Confiáveis para a Preservação de Periódicos Eletrônicos Científicos. Periódico Ponto de Acesso - UFBA, Salvador, V.4, n.3, p. 68-94, dez. 2010. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/4709/3565> Acesso em: 08 abr. 2014.


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